sábado, 30 de março de 2013

Cinema: a ilusão de movimento das imagens


 
Retrato de Muybridge
Com a o desenvolvimento da Fotografia na segunda metade do século XIX umas das invenções mais importantes após o daguerreotipo é o zooprasxiscópio. Invento criado pelo fotógrafo Eadweard Muybridge proporcionou pela primeira vez a imagem de objetos em movimento, usado inicialmente para estudos de movimentos de animais, máquinas e seres humanos.

Imagem criada pelo zoopraxiscópio
Mas a grande invenção de Muybridge foi superada pelo cinematógrafo dos irmãos Lumière. Essa invenção permitia a criação de diversos fotogramas de uma uma cena em movimento, posteriormente a imagem esses fotogramas eram projetados em uma parede, criando a ilusão de movimentos proporcionada pela velocidade de movimento dos fotogramas que possuem imagens estáticas, isso graças a persistência retiniana que cria a ilusão de ótica fazendo com que imagens estáticas passem a "ter movimento" se postas em sequência superior a dezesseis quadros por segundo. Com essa invenção os irmãos Lumière passaram a produzir pequenos filmes relacionados a vida cotidiana, apesar da simplicidade suas produções fizeram grande sucesso, com a reção das pessoas diante da projeção de uma locomotiva que se movia em direção ao público ficou mais do que claro que aquele seria a maior novidade desde a invenção da fotografia.
Irmãos Lumière

Vendo as potencialidades do cinematógrafo dos irmãos Lumière, o ilusionista Georges Méliès desejou comprar o aparelho para utilizá-lo em seus espetáculos, com a recusa dos irmãos diante da oferta de Méliès este se viu obrigado a comprar um aparelho semelhante de Robert William Paul. Méliès passou a explorar as possibilidades do aparelho, inserindo em suas apresentações, registrando apresentações a criando modificações nas imagens, criando efeitos ilusórios nas imagens, suas produções criavam uma outra realidade para os espectadores, que podiam compartilhar de narrações como "A viagem a Lua". Enquanto as projeções dos irmãos Lumière foram conhecidas como os primeiros documentários da história do cinema, as criações de Méliès ficaram conhecidas como as primeiras produções do cinema de ficção.
Cartaz para divulgação dos filmes dos irmãos Lumière

 
Cartaz de "A Viagem a Lua" de Méliès
Durante o século XX o cinema passou por diversas transformações, passou a ser uma forma de entretenimento e propgação da cultura, como também foi um veículo da propagação de ideologias políticas e modos de vida. Com a criação do cinema sonoro as produções passaram a reproduzir festas, bailes, guerras, com maior semelhança a realidade. 
Cartaz do filme "O Nascimento de uma Nação" de D. W. Griffth

Cartaz do filme "O encouraçado Potekin" de Serguei Eisenstein


O cinema digital iniciado no final do século XX e  desenvolvido no inicio do século XXI passou a proporcionar o que é chamado de cinema 3D, onde o uso de óculos especiais criam a ilusão ótica que proporciona a sensação de volume na imagem projetada na tela. Outras invenções vão surgindo, como o 4D em que as poltronas do cinema se movimentam de acordo com imagens do filme, mas ainda são novidades que não abrangem grandes proporções e talvez não passem de experimentos. 

Cena do filme "Alice no país das maravilhas" de Tim Burton

Desde os inventos que proporcionaram sua criação no fim do século XIX, o cinema passou por diversas transformações e inovações técnicas e estéticas, mas nunca deixou a sua essência de proporcionar aos seus espectadores a vivência de uma realidade que se faz presente ao longo de uma projeção.  



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